A VITÓRIA SERÁ MINHA

Ah, maldita, que me tiras anos de vida,

não me dês espaço para que eu fuja de

tuas garras – sabores a carne apodrecida,

qual animal esventrando a sua vitima…

Outras vezes te venci e sei ser mais

forte de que tu, que apanhas as pessoas

incautas, para delas te apoderares,

da fragilidade que não desvendas…

Sim, hoje estou num mar de depressão

e o sol não tem mais o brilho de outrora,

em que meu olhos navegavam marés,

barcos rumando a seu distinto porto…

A minha balada em ascensão enfatiza

a pouca importância que lhe deixo,

mas ela insiste e estende seus tentáculos,

sufocando-me no éter dos dias…

Dos amigos a primazia para sair deste Cela,

do meu amor, a paixão, em cada palavra,

que eu absorvo como se tivesse uma grande

sede, na vontade enorme de viver outra vez…

Vai-te, demoníaca! teu lugar não é aqui, e,

eu, sou jovem demais para partir tão cedo…

Não me vencerás, e travarei lutas contigo,

até que te vás de vez para os confins do inferno…

Quero voltar a ser feliz, vendo as andorinhas

voar, estar junto de minha amada e de meus

amigos, que tudo têm feito, com orações

Para que eu resgate a minha pessoa agnóstica…

Sim, sou agnóstico mas creio na fé dos outros

que não olham para mim com preconceitos,

e de suas correntes irmanadas pedindo ao

Universo, que cuide de mim hoje e sempre…

Jorge Humberto

15/10/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 15/10/2010
Código do texto: T2558016
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.