GESTAÇÃO DE UM POETA
(Sócrates Di Lima)
 
Como a santa que pariu a vida,
Eu dei a luz a cada verso.,
Que iluminado é fonte concebida,
Cantiga que no coração disperso.
 
Do ventre lírico que germina o poeta,
Embrião das palavras que cantam o amor.,
Gestação permanente que desperta,
O ócio do oficio de quem não é cantador.
 
Eu, flerto com a poesia em berço embalador,
Enlaço minha alma na sutil gravidez,
De quem um dia deseja ser poeta trovador.,
E alimenta o feto que um dia será poema em altivez.
 
E ao parir a obra no tempo final da gestação,
Eis que se fará um livro de primogênitos literários.,
Onde os gêmeos da poesia se multiplicarão,
E em ventres poéticos embrionários.
 
Como no ventre da mãe que multiplica a vida,
O poeta multiplica seus sonhos de amor.,
Faz de sua musa sua inspiração como partida,
E dança na chuva cantando seus desejos de sonhador.
 
Ah! Se eu fosse um poeta de verdade,
Quanto amor eu teria para cantar.,
Meu coração tomado pela saudade,
Faz minhas palavras tímidas em versos se formar.
 
Não tenho pressa,
Os versos vão brotando como nascituro.,
E tomando forma de poema como uma promessa,
De um dia ser um poeta mais apaixonado do que maduro.
 
 
 

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 18/10/2010
Reeditado em 18/10/2010
Código do texto: T2564395
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.