OUTRO DIA, O MESMO SOL...
Vaguei por minhas lembranças,
pensamentos vagabundos...
Divaguei sem sentir nada,
me sinto anestesiada...
Sem amor, sou só, no mundo...
Sinto - me como uma árvore,
sem frutos e desfolhada...
Meu coração despojado,
meu silêncio enraizado
nas canções não mais cantadas...
Tétricas sombras desenham
figuras tais, nas paredes,
que meu coração se encolhe
no medo frio que me tolhe,
como presa numa rede...
Dormir, meu Deus, quem há de?
Tivesse eu, em quem pensar,
um doce alguém para amar...
Porém eu tenho Você...
Você é que me segura,
dá alento, prá viver,
pois tomando Sua mão,
sinto em Paz o coração,
esperando amanhecer...
Outro dia, o mesmo Sol,
brisas suaves, andejas,
passarinhos chilreando,
borboletas voejando,
flores que orvalho gotejam...
Depois de uma noite insone,
sinto cansaço, porém
sentindo esse Sol que brilha,
posso ver as maravilhas...
E a esperança, também...