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Buscar-te-ei Em Meio Aos Versos

Buscar-te-ei independentemente das árduas flexões verbais, mesmo tendo o tempo como capataz, serás o meu mais contumaz objetivo audaz, ignorarei as travessuras irônicas do comodismo voraz, despistarei as angusturas por demais, seguirei tão só o que sinto e o que me apraz;

Buscar-te-ei alhures ou algures, serei sagaz, peito meu transmutado em tímpanos serão leais, na espreita de quaisquer vestígios dos sorrires reais, galgarei verdadeiros sentires do se viver em paz, perene ardor por desígnio missão sã tenaz;

Buscar-te-ei em meio às vielas, quiçá esquinas e meandros letais, passos precisos renegando o penar mais, elogio por estímulo amenizando os meus ais, andante em terra árida, em um deserto, abstrato cais;

Buscar-te-ei em meio às letras, às acres odes, aos meus vãos poetares conluiados com as desconexas vogais, aos vocativos sinceros, apostos indecisos, aos papéis com tinta, ao dom intruso que aqui e ali em crível sonho se perfaz, felicidade em meio aos versos, buscar-te-ei independentemente das árduas flexões verbais.

O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 28/11/2010
Reeditado em 11/02/2011
Código do texto: T2642204
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