EQUIDISTANTE

Olho o horizonte

E o que vejo

Não me agrada.

Vejo longe... muito longe.

Na verdade

O fim, não vejo.

Parece-me que é infinito.

Ano-luz de distância...

De mim, até lá,

Só há

O vazio, o espaço.

Nada a direita.

Nada a esquerda.

Atrás, somente escuridão.

Somente em frente

Uma luz eqüidistante...

Caminhando para ela

A distância permanece igual,

Não se altera.

É impossível alcançá-la.

O deserto assola.

A sede vem; com ela,

A miragem também.

Passado de guerra e destruição.

Presente de espera e construção.

Futuro de esperança pela paz.

Uma paz interna, da alma;

Que me faça levantar

Para prosseguir no caminhar

Para esse horizonte.

Mesmo que seja eqüidistante!

(PEREZ SEREZEIRO)

José R.P.Monteiro – SCSul – SP serezeiro@hotmail.com serezeiro@yahoo.com.br

Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 23/12/2010
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