EQUIDISTANTE
Olho o horizonte
E o que vejo
Não me agrada.
Vejo longe... muito longe.
Na verdade
O fim, não vejo.
Parece-me que é infinito.
Ano-luz de distância...
De mim, até lá,
Só há
O vazio, o espaço.
Nada a direita.
Nada a esquerda.
Atrás, somente escuridão.
Somente em frente
Uma luz eqüidistante...
Caminhando para ela
A distância permanece igual,
Não se altera.
É impossível alcançá-la.
O deserto assola.
A sede vem; com ela,
A miragem também.
Passado de guerra e destruição.
Presente de espera e construção.
Futuro de esperança pela paz.
Uma paz interna, da alma;
Que me faça levantar
Para prosseguir no caminhar
Para esse horizonte.
Mesmo que seja eqüidistante!
(PEREZ SEREZEIRO)
José R.P.Monteiro – SCSul – SP serezeiro@hotmail.com serezeiro@yahoo.com.br