Estação esperança
As estações se sucedem
Quem sobe?
Quem desce?
Uma após outra
o trem segue seu trilho
fiel ao seu curso
A margem do discurso ou do susto
somente governo minha viagem
sou passageiro e paisagem
refletida, através da janela
somente no escuro do túnel
O mudo trajeto
de muitos lugares vagos
de raros e vagos olhares
parece feito pra pensar
até o sol ofuscar sem piedade e afeto
a visão da cidade lá fora
avisando a chegada e a hora
Da Praça da Àrvore à Santana
quem acredita em campanha, se engana
Caminhando até a urna, pensava...
votar e voltar pra casa
No trem de volta
pela porta uma mãe
pela mão uma filha
pela outra, uma sacola de roupa
Sentada ao meu lado, observo calado
a menina que olhava a cidade lá fora
perguntei sem demora, pelo nome e idade
Maisa, três anos
diz a mãe orgulhosa
cabelos de cachos castanhos com laços vermelhos
nas mãos pequeninas de dedos pintados
balinhas coloridas e pequenos brinquedos
doce recheio da vida...
Enquanto a menina de olhar triste
parece sonhar com um mundo
que mal sabe se existe
sua mãe prepara
a descida na próxima parada
E lá vão as duas,
plataforma afora
distantes do barulho das ruas
indiferentes à eleição lá fora
A pequena Maisa,
um dia saberia
que naquele dia
aconteceria algo diferente
a nação em fim teria
uma mulher presidente!
As estações se sucedem
Quem sobe?
Quem desce?
Uma após outra
o trem segue seu trilho
fiel ao seu curso
A margem do discurso ou do susto
somente governo minha viagem
sou passageiro e paisagem
refletida, através da janela
somente no escuro do túnel
O mudo trajeto
de muitos lugares vagos
de raros e vagos olhares
parece feito pra pensar
até o sol ofuscar sem piedade e afeto
a visão da cidade lá fora
avisando a chegada e a hora
Da Praça da Àrvore à Santana
quem acredita em campanha, se engana
Caminhando até a urna, pensava...
votar e voltar pra casa
No trem de volta
pela porta uma mãe
pela mão uma filha
pela outra, uma sacola de roupa
Sentada ao meu lado, observo calado
a menina que olhava a cidade lá fora
perguntei sem demora, pelo nome e idade
Maisa, três anos
diz a mãe orgulhosa
cabelos de cachos castanhos com laços vermelhos
nas mãos pequeninas de dedos pintados
balinhas coloridas e pequenos brinquedos
doce recheio da vida...
Enquanto a menina de olhar triste
parece sonhar com um mundo
que mal sabe se existe
sua mãe prepara
a descida na próxima parada
E lá vão as duas,
plataforma afora
distantes do barulho das ruas
indiferentes à eleição lá fora
A pequena Maisa,
um dia saberia
que naquele dia
aconteceria algo diferente
a nação em fim teria
uma mulher presidente!