Poema à moda antiga

Viver a poesia desse mundo
E ver nele beleza incontestável
Sorver pequenos goles de alegria
Que tornem esse dia memorável

Desde a luz que acende no doente
O fio de esperança imorredoura
Até a mais completa solitude
A resgatar no tempo a paz vindoura

Exercitar o olhar generoso
Pela luz maior que brilha em todos
Nos braços que se alargam para o abraço
Corações que pulsam no compasso

Na plácida loucura da bondade
Voando sem pudor por sobre as raças
Formar a hierarquia - humanidade
Que se constrói com boa vontade

Livres são as marés da poesia
Que lançam as aspirações
O poeta enfrenta a maresia
E ascende inusitadas percepções

Na transparência de raro encanto
Olhando sem espanto seu retrato
Orvalho a respingar em si o alento
Que traz à tona vozes do passado

Palavras de amor e amizade
Na pena visionária do poeta
Eleva a mente da paixão profana
Respiro pela paz  que a alma aclama...

Lídia Carmeli
Enviado por Lídia Carmeli em 08/01/2011
Reeditado em 08/01/2011
Código do texto: T2717052
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