POETA E LEITORES

Para se ser poeta, há que ser

diverso, no Tema a abranger…

poeta, que é poeta, não fala

de uma coisa só; come e cala.

Tem de se superar… e viajar

nos Mundos; a girar, a girar.

Até que, a fértil imaginação,

providencie a pluma e a mão.

No nado pensamento, desce,

de nós, para nós, o que cresce,

como num jardim a florescer,

o que, enfim, iremos escrever.

De nós, para os outros, ciência.

Dos outros, para nós, anuência.

É como um pacto civilizado,

onde ninguém sai traumatizado.

De tudo é imperioso, aqui ler,

pois toda a poesia tem seu saber.

Confinar-nos à fútil estreiteza,

não nos cercará, de esperteza.

Mas, enfim, para tudo há gostos,

cabe ao poeta do vinho ser mostos,

e chamar a si, os fugidios leitores,

nossos Mestres e ainda Mentores.

E quando a união fizer uma fricção,

nascerá, dessa perfeita, junção,

a aliança mais concreta e logo ungida,

que, durará, para toda uma vida.

Jorge Humberto

16/01/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 16/01/2011
Código do texto: T2733040
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