Abelha
Tu que disseminas a vida
És nobre e tuas patas em segredo
No bater dessas asas transcorre sonhos
De doçuras impossíveis
O néctar das delícias em que saboreias
É escolha
Sobrevoar o teu imenso mundo
Nos olhos em que contemplas o universo plural
O mel dos teus lábios
Sabor de ventania surpreendente
Pulveriza o pólen
Em que gerações explodem em forças inesperadas
A vida é boa
E multicolorida
Nas suas matizes infinitas e diversas
O verde destes campos em que deitas o espírito
O ar puríssimo que invade teus pulmões
E que te acorda deste mundo perdido
Dança para o sol, oh pequena deusa
Pois quem dança vive plenamente.