VEJA QUE LINDO, O LUAR,

Veja que lindo, o luar,

Veja, amor, a noite estrelada!

As ondas fagueiras no mar,

A nossa vida enleada!

Absorto estou em sofrimento

Por tuas nebulosas razões

Que atormentadas, o vento,

Atormenta os nossos corações.

Tu perdeste o luar na fenda

Que descortinara o céu

Na noite taciturana, é lenda,

Contada por um tabaréu.

E este flavo ouro da tarde

Que ocasionara o encontro

Incendeia flama arde

N´alma o recontro.

Pois a noite me interna

No seu vasto leito sideral

Voeja minh´alma eterna,

No pecado original.

Pois no mago anoitecer

Que caem estrelas condões,

O meu peito entristecer

Por tuas nebulosas razões.

É quando tu vens na imagem

Na mente deste pobre poeta

Numa letárgica miragem

Cuja tristeza mais aperta.

Eu já vi dureza rocha tua

Neste marmóreo coração,

Mas pode a fé mover a lua

E na pedra florescer paixão?

É o milagre do estóico amor,

No caminho rochas viram flores

E o júbilo nascer da minha dor,

Pode do insípido nascer sabores?

Cismo agora o amor querido,

Uma face doce a me escutar

Já não me sinto mais ferido

Desde a hora que me fiz cantar.

Já não vejo mais fero destino,

Pois nas mãos de D´us destino está

Ele é piedoso e cristalino,

Sei que a decisão não será má.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 04/04/2011
Código do texto: T2889097
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