Fragilidade
Envolta no saudosismo
Abro meu álbum de fotografias
E relembro meu casamento
Quantos sonhos,
Quanto contentamento
Como a caminhar nas nuvens
E a bailar no Paraíso
O meu amor era tanto
E o meu desejo, no entanto
Que aquele momento santo
Tal qual uma quimera
Durasse uma eternidade
Ainda que efêmera.
Quando acordei do sonho
Estava tão machucada
Inerte e sem forças
Que mal podia lembrar
Que fui ao paraíso
E com tanta falta de juízo
Ficava a desejar
Migalhas do seu olhar
Que pudesse me resgatar
Da minha fraqueza profunda
Da minha tristeza doída
Para quem sabe, me renovar.
E talvez, voltar a amar.
E, como diz o ditado
Que o tempo é o melhor remédio
Com sorte sobrevivi
Ignorando todo o tédio