Fragilidade

Envolta no saudosismo

Abro meu álbum de fotografias

E relembro meu casamento

Quantos sonhos,

Quanto contentamento

Como a caminhar nas nuvens

E a bailar no Paraíso

O meu amor era tanto

E o meu desejo, no entanto

Que aquele momento santo

Tal qual uma quimera

Durasse uma eternidade

Ainda que efêmera.

Quando acordei do sonho

Estava tão machucada

Inerte e sem forças

Que mal podia lembrar

Que fui ao paraíso

E com tanta falta de juízo

Ficava a desejar

Migalhas do seu olhar

Que pudesse me resgatar

Da minha fraqueza profunda

Da minha tristeza doída

Para quem sabe, me renovar.

E talvez, voltar a amar.

E, como diz o ditado

Que o tempo é o melhor remédio

Com sorte sobrevivi

Ignorando todo o tédio

Marilze Abreu
Enviado por Marilze Abreu em 10/05/2011
Código do texto: T2962038
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