Até no Inferno

Quando as flores desfilam no seu tempo

Casos acontecem nas manhãs indefesas

Histórias sem intelecto

Sem início de feto

Perdendo o afeto

E eu, que tanto andei, ainda me invento

São primaveras que vivem de sementes

Pensamentos em sinopses tímidos

Papéis novos não citados

Momentos borrados

Corações cortados

Perambulo nula, então, entre elos dementes

A dilação que aflige este jardim incréu

Socorre a malta de todos os anseios

Regando frutos sem sabores

Corrompidos e incolores

Degustando dores

É quando, de viés, ponho os pés no céu.

Nadilce Beatriz
Enviado por Nadilce Beatriz em 24/05/2011
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