COLHEITA

Voei em todas as direções,

desenhei a lua no meu céu,

pintei o sol no meu chão,

tatuei a cor no meu peito, despi o véu.

Abri a janela dos sonhos aparentes,

suprimi infinitas emoções,

provei amores que eu criei,

proclamei desejos e paixões.

Fiz planos em diferentes planos,

nivelei a prudência sem moderação,

a ausência foi sensata insensatez,

conjuguei o amor com devoção.

Quatro estações, quatro fases,

quatro mil dúvidas enraizei,

co-redatora fui do meu imo,

quatro mil segredos só desvendei.

Cordas rompidas, correntes ocultas,

cor nuançada na aura se fez.

Colhidas as flores e frutas maduras,

um minuto, o caminho, a vida.

Há vida... Outra vez.

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 05/06/2011
Código do texto: T3014875
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