Morte em vida

Morte sagrada morte!

Que há tanto tempo me espera

Com as flores da primavera

Para enfeitar meu caixão

Batidas em meu coração

Já quase não posso escutar

E se é para viver sem saber

Já podes vir me buscar

Morte, sagrada morte!

Não me abandone aos pecados

Não quero estar no presente

Vivendo preso ao passado

Enquanto isso eu viajo

Nas asas dos meus pensamentos,

Pra muito alem do infinito

Seguindo os rastros do tempo

Deixados sobre o granito

A passos lentos caminho

Jogando os dados da sorte

Futuro traçado na mão

Encontro marcado com a morte

Morte, sagrada morte!

Que há tanto tempo me espera

Assim que chegar ao futuro

Adeus, vou sonhar, primavera