Não te condeno, nem te absolvo.

Eu me declarei por tí apaixonado, perdidamente.

Você sorriu, e como resposta me beijou.

Daí, eu sentí o coração pulsando, radiante.

Pois a minha proposta de amor, você aceitou.

Uma luz intensa invadiu os meus olhos, brilhando.

A felicidade me fazia sorrir a cada instante.

Uma explosão de amor no coração, pulsando.

E como um menino eu me sentí o mais importante.

Vieram mais beijos, abraços apertados, sussurros.

Momentos que o tempo não conseguirá apagar.

Minhas frases de amor espalhadas, nos muros.

E no coração reinava a imensa vontade de te amar.

Mas assim como o tempo preenche, esvazia o coração.

E assim eu te perdí, sem nenhuma explicação.

Tudo aconteceu conforme determina o tempo.

Mas eu não aprendí a tirar-te do pensamento.

Se pudesse eu apagaria da minha vida estes momentos.

Mas eu não aprendí a tirar-te do pensamento.

Por isso, eu não vou te condenar, nem absolver.

Se sou eu que quero pensar em você.

Também não posso te dar o meu perdão.

Enquanto estiveres machucando o meu coração.

E como não posso te absolver nem condenar.

Resta-me o caminho da vida.

Para viver, caminhar, pensar, chorar e te esperar!

Manaus, 29 de julho de 2011.

Marcos Antonio Costa da Silva