Alma de criança

No fundo da alma, bem lá no fundo,

Onde sentimentos se comprazem ou se distorcem,

Onde sentimentos nascem, crescem, se multiplicam e morrem,

Lá, no fundo da alma, é o meu mundo.

No meu mundo, lá no fundo, vive e mora

Uma alma que se alegra em esperança

Com seus sonhos, devaneios de criança

E que ao mesmo tempo de saudades chora.

Chora, por perceber que já cresceu

Num mundo devastado, sem amor.

Chora por saber que já sofreu

E ainda sofre pelo Mundo sentir dor.

A criança do meu mundo é inocente

Não sente raiva, intolerância, não se ira,

Acredita em todos e sofre com a mentira

A criança, do meu Mundo, é diferente.