Laços ternos, amores eternos!

"Eu sei que não estás bem...

Que precisas de mim...

Trataste-me com desdém;

Mas eu o amo mesmo assim...

O amor perdoa,

Renova e esquece.

Consola, angustia,

O amor padece...

Contudo, minhas cartas

E declarações

Não o trazem de volta...

Onde estão nossos corações

Que hoje sofrem de revolta?

Não sei...

O sangue esvair-se-á

Pelas minhas entranhas...

E um dia direi

Que fomos simples almas estranhas...

Nossas conversas

Um dia foram calorosas...

Nossos pensamentos

Um dia foram iguais...

Mas se perderam nas mágoas chorosas,

Nos distintos ideais...

Será que tudo se perdeu?

Será que o amor

Não deve ser maior

Que um simples orgulho?

Será que tu não

Me deves curar

Esta tristeza em qual mergulho?

Não...

Porque o que um dia existiu

E assim expandiu

Talvez não pudesse

Ter vigorado e crescido...

Nosso eterno amor talvez

Nunca devesse ter nascido!

Mas eu não me arrependo de nada!

Foi infinito enquanto durou!

Fui feliz sem demasiada culpa,

Fui a mulher que mais o amou!

Se hoje trago nossas lembranças

É por respeito às nossas memórias...

Espero que estas últimas esperanças

Retomem nossas derradeiras histórias...

Nos bosques floridos

De tantas vidas

Nossas almas

Talvez ainda encontrar-se-ão

E as já esquecidas feridas

Para todo o sempre se curarão!

Mas isso é apenas um sonho...

Uma utopia cansada;

Um pensamento tristonho

De uma alma machucada...

Repito novamente

Com as mesmas forças

Que me inspiraram:

-Incontestavelmente

Seremos duas almas

Que jamais desfizeram

Os laços que ataram..."

Andrea Sá
Enviado por Andrea Sá em 30/12/2006
Código do texto: T332273