Laços ternos, amores eternos!
"Eu sei que não estás bem...
Que precisas de mim...
Trataste-me com desdém;
Mas eu o amo mesmo assim...
O amor perdoa,
Renova e esquece.
Consola, angustia,
O amor padece...
Contudo, minhas cartas
E declarações
Não o trazem de volta...
Onde estão nossos corações
Que hoje sofrem de revolta?
Não sei...
O sangue esvair-se-á
Pelas minhas entranhas...
E um dia direi
Que fomos simples almas estranhas...
Nossas conversas
Um dia foram calorosas...
Nossos pensamentos
Um dia foram iguais...
Mas se perderam nas mágoas chorosas,
Nos distintos ideais...
Será que tudo se perdeu?
Será que o amor
Não deve ser maior
Que um simples orgulho?
Será que tu não
Me deves curar
Esta tristeza em qual mergulho?
Não...
Porque o que um dia existiu
E assim expandiu
Talvez não pudesse
Ter vigorado e crescido...
Nosso eterno amor talvez
Nunca devesse ter nascido!
Mas eu não me arrependo de nada!
Foi infinito enquanto durou!
Fui feliz sem demasiada culpa,
Fui a mulher que mais o amou!
Se hoje trago nossas lembranças
É por respeito às nossas memórias...
Espero que estas últimas esperanças
Retomem nossas derradeiras histórias...
Nos bosques floridos
De tantas vidas
Nossas almas
Talvez ainda encontrar-se-ão
E as já esquecidas feridas
Para todo o sempre se curarão!
Mas isso é apenas um sonho...
Uma utopia cansada;
Um pensamento tristonho
De uma alma machucada...
Repito novamente
Com as mesmas forças
Que me inspiraram:
-Incontestavelmente
Seremos duas almas
Que jamais desfizeram
Os laços que ataram..."