Adeus... A Deus...
E ao que não nasceu, adeus...
Ao amor não cultivado,
Ao filho não gerado,
Ao caminho não partilhado,
Adeus!
Ao calor inebriante,
À brisa leviana,
Ao gozo sufocante:
Adeus!
E ao que virá, entrego a Deus...
A cumplicidade de risos divididos
A confiança de dores abrandadas...
As tardes longas de pés descalços
As noites infindas de cabelos emaranhados...
Os braços dados e peitos estufados
A sopa quente, o colo amaciado...
E como uma sacerdotisa,
A esperança deposito aos pés do altar:
A Deus!