NUM SOPRO

Nessa peleja de dias que esculpem a vida

vou nas mãos moldando o barro

como quem modela elemento garrido.

Acomodo os medos, aparos as arestas

que escapam- me dos dedos,

harmonizo os lados em tons coloridos.

Retoco por dentro em tempo,

e no tempo certo sopro o monumento

dissecando fragmentos doridos.

Renasce o boi de barro que esteve adormecido.

Aglaure Corrêa Martins

JP26112011

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 01/12/2011
Reeditado em 01/12/2011
Código do texto: T3367296
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