Literal

Minha falta de sono é pelo excesso de palavras que vão se decompondo em letras para se recriarem em outras tantas.

As frases sem dono são por aquilo que se quer peço, mas figuram n meu travesseiro antes que eu durma.

Não existe poesia fria, ao menor sinal disso, logo aqueço, não esqueço, jogo por cima dela cobertas e mantas.

Prontamente acalorada pelo meu sabor poético ou saber humano, o jogo prossegui como deve ser.

Reinvento o que já foi feito, só não havia ainda passado pela maquina mais sensível do mundo.

Formas de bolo... Rejeito num segundo.

Escrevo assim como quem na mesa joga uma massa de pão, com a criança assim livre, descalça, brincando pelo chão.

Pelos poros vou exalando vida minha e de outros diluídas.

Tiago Ortaet

28/06/2006