Única Saída

Os labirintos da vida,

Estão em idéias contidas,

Que geram tantas feridas,

Das querências amigas.

Estar sempre dividido...

Escolher isso ou aquilo...

Estar amiude aflito...

Embramar-se num duvidar esquisito.

Como pode ser tão ambíguo,

De mim o mesmo facínio ?

Querer o querer iníquo,

Que também é puro e sanguíneo?

O bem e o mau existem dentro de mim.

Beijar uma boca carmim,

Num desejo findo ou sem fim.

Como esquecer da pele, o cetim?

Óh...labirinto desenfreado...

Se mesmo tomando o cuidado,

Me encontro sempre acuado,

Por escolher santidade ou pecado.

Óh...corredores equartos sem saída...

Onde se entra e deixa a mágoa poida,

Sem chegada, nem despedida,

Encontrar-se numa amarga porvida.

De repente o peito estasia...

Na garganta, um nó, um gargalo,

Única saída...: a poesia.

Vida nos versos que ora canto...ora calo.

Opus Sewaybricker
Enviado por Opus Sewaybricker em 11/01/2007
Código do texto: T343762