A vida por si só...

Seria irracional de minha parte pensar que tudo chegaria a tal ponto,

Onde o supérfulo denote o simples toque de duas almas,

É como um tesouro que escorre pelas mãos, brilha nos olhos e vira fumaça,

Transformando o diferente em igual.

Problemas surgem com a dor, não há dinheiro que busque respostas,

Ficamos endividados por pagar parecelados os nossos erros,

E de tantas vitórias que queremos, a pista clama por uma derrota,

Mas não há meios para desistir se há uma mão ao lado.

As injustiças surgem e nos tapeiam de forma simbólica,

Mostrando que o certo e o errado pouco se destacam,

E quando não há mais forças para se equilibrar em cordas bambas,

Os que eram essencias nos deixam morrer em solidão.

Mas de todo o escuro sempre surge uma fugaz lus piscando,

Mostrando á você que não é o fim, muito há de viver,

Não sabes bem ao certo quem fui e quem sou,

Mas algo me diz que devo guiar – te sobre estas pequenas pedras.

Quando cair minha mão estará lá para te levantar,

Não trata – se de paixão, nem de amor e sim do desejo que preenche noites,

Daquela amizade sem toque, que sobrevive a distância,

É assim que ficamos bem.

Algum dia sei que estradas irão nos separar,

Mas enquanto os dois trêns não chegam,

Vivo ao seu lado na estação ferroviária,

Como se não houvesse ninguém.

Priscila Czysz
Enviado por Priscila Czysz em 18/01/2012
Reeditado em 21/01/2013
Código do texto: T3447639
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