Sombra

A sombra é pouca e sem nome

Por onde anda toda loucura

De uma guerra que nada tomba.

Só padece o que já morreu.

Aquele que vive

Ainda assombra

A ideia do eterno grito ateu.

Com calma o mundo anda,

Catando espaço e tempo

Nos homens que juram possuir alma,

Assim, numa curta caminhada.

Por que tudo é nada,

Se a vida espalma

Uma ilusão ilhada?

A sombra,

Que guarda o passado,

Assombra o futuro.

A calma,

Que acalma o presente,

Esconde a fúria,

Semente da sombra.

Nadilce Beatriz
Enviado por Nadilce Beatriz em 03/02/2012
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