ANDALUZ

Caminhando pela estrada

Sob a lua ampliada

Sou o expectro de minha própria sombra

Vagando na madrugada

No entanto

Acompanho-me do silencio

E de um manto

Sou como um andaluz

Curtido de sol

E espanto

Não trago sinais da vida

Nem de lutas

Tenho feridas

Entretanto

Caminho com passos lentos

Todavia

Avanço

Nao sou esperado

Nem querido

E isto me perturba

Conquanto

Meus pés umedecidos

Enterram no pó da estrada,

Meus rastros

E meu pranto

Caminho resoluto

Mantenho a fé

No futuro

Por enquanto

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 16/01/2007
Reeditado em 19/11/2017
Código do texto: T348589
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