TUDO PASSA

Saiba-se que tudo na vida passa

Como o vento que do norte vem

No mar se arrasta bem rápido e frio

Um amor, um sussurro, uma farsa

Iludindo, enganando, tornando refém

Um coração que dói de ardor sem brio

Pelo que sofrera as mãos da insanidade

Temerosamente passou a si mesmo vencer

Querendo a pura ternura que à saciedade

Do acalanto de um mero carinho poder reter

Que só encontrou á sua volta asperidade

Quando viu a ilusão em seu intimo se perder

É... tudo mesmo na vida costuma passar

Sem deixar rastros, sinais, ou parada

Só sofrimentos, da vaga e mísera herança

De que um dia frio tivera o puro amar

Deixou-se levar pela vida a fora o nada

Sem desejos, calor, ardor ou lembrança

Paulo Poeta
Enviado por Paulo Poeta em 26/01/2007
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