Alumiando a Dor

Naquele momento,

Era apenas um pequeno dedilhar

Doando o som ao entardecer,

Caindo pardo em ressonância pela cidade

Se acendendo em purpurina!

Ouvindo o passear das nuvens se abrindo

A sonata desponta brilhante,

Rogo-me ao despertar das pétalas

Deslizando úmidas sobre a folha,

Ainda nua do ensejo de alma!

Da cicatriz viva do coração,

Subo a bordo dos botequins

Aguardando a voz que mesmo de longe

Divaga entre preâmbulos, mistérios

Eloquentes à luz alumiando a dor!

Tal qual a palavra

Oculta pelos devaneios,

À noite eu me entrego à crua natureza

Ofertando à face uma lágrima solitária,

Ao espírito, o sentimento ecoando em esperança!

Auber Fioravante Júnior

19/04/2012

Porto Alegre - RS