Serei
Quando o futuro nos assombra e o medo da solidão vem como um nó em uma corda,
A vontade é como um nada, diante de um futuro que é tudo, menos para mim.
Sem sonhos, sem ideais, sem representações ou ilusões, assim o futuro morre,
Como um nada diante de tudo, de tudo o quê? De tudo...tudo...tudo.
Tudo é uma palavra que às vezes é nada, não significa nada, é nada.
Também eu sou, embora não seja, embora não queira ser.
Mas de fato ainda sou algo, mesmo que seja nada,
E o que o nada é senão um tudo que virá,
Tudo que virá a ser, tudo que não é...
Um puro vir a ser, devir.
Serei.