Depois de Vinte e todos.
Minha embarcação Juventude
Um dia soçobrou,
Ao mar da idade balouçou,
Contra as ondas do tempo rangeu.
Criou marolas na mansidão
Dos lagos do sono.
E por fim após trinta e uma viagens
Encontrou os recifes da incerteza
e os icebergues do medo,
Mas, antes de me afogar,
Criei:
Usei tudo que a Juventude me deixou;
Toras de boas amizades para o esqueleto
Tábuas de amores passados para recobrir
Pregos de alegrias
Para o mastro família( a escolhida e a natural)
Estopas velhas dee tristeza
Para calafetar.
E um pano de fé
em mim,
nos meu queridos
No futuro
e na juventude
usei como vela.
Afinal,
Para os outros
Minha juventude
Pode ser diferente
mas eu sempre sei
para mim,
É e sempre será a mesma.