Semente

Letras que se espreguiçam
Ao serem desenhadas pela pena
Nas folhas amareladas
Dos pergaminhos da existência
Palavras instáveis escritas
Fragmentos do âmago da Alma
Transformados em emoções
Vertentes de ilusões incontáveis
Corpo másculo ou trêmulo
Dorso nu lanhado, tatuado
As entranhas como mármore
A mente, dormente e vazia
Energia febril que assola a carne
É a semente de um esmaecido desejo 
Que brota nos áridos sentimentos
Onde o imaterial se materializa
Em uma minúscula gota translúcida
Uma parca esperança de vida.

verita
Enviado por verita em 06/05/2012
Código do texto: T3652858
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