Voltaste
A calma dos dias trouxe a indolência.
A noite silenciosa dava sono sem sonhos.
O ir e vir era movido a inércia.
O andar, de braço caído e passo arrastado.
O olhar, esse era mortiço e sem alvo.
A roupa sempre sem vinco e sem cor.
A paz demasiada, degradava.
O sentir era nada e nem assustava !
Isso, tua ausência causou...
Agora, voltaste !
E os dias se deram ao antigo tumulto,
as noites não têm mais sono,
o ir e vir se dá por decisão,
o andar saltitante diz que o tempo é curto,
o olhar, irrequieto e brilhante !
A roupa, pouca e alegre.
Sem sossego, vida pulsante...
O sentir ? Medo que acabe !