a turbina do amor

ia correndo pro banheiro

pra ver desenhos de mulheres nuas

de garotinhas também

a pedofilia atraía como ninguém

(como atrai, mas hipocritamente

dizemos que não)

hoje não é preciso correr

pro banheiro, temos o PC,

às vezes até a TV

trata-se apenas do poder

convulsionador da mente

que muitas vezes nos tira a dor

se usado corretamente

é uma turbina, sempre quente,

sempre liberando endorfinas,

nos forçando a escrever

uma peça cretina

ou a imaginar na Capela Cistina

Afrodite, Cristina e a Vênus de Milo

beijando-se/roçando-se apaixonadamente,

nos deixando excludentes

da beleza da cena,

mas felizes, contentes,

com o poder que domina

esse nosso dilema

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 07/06/2012
Código do texto: T3711031
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