DIAS QUE VOAM COMO NOITES
Bastando a fé do rasante dia,
Singularidades emendadas com ânimo,
Nostálgicos dias de tona em afã.
Vãs utopias que de surgirem cansam,
Lacunas jamais se preencherão em voltar.
Dias de chuva que se vão,
Ao vento cantam qual vivente lúcido,
Prismas que inebriam a visão do torpe,
Buscam firme aos que ainda esperam.
Sonhos de valer sem mácula,
Gestos de sensível fardo na agonia,
Desfazem a fantasia que desfaleceu
Sucumbindo às bravuras do ideal.
Noites apressem-se em vir!
Tragam o que de melhor aprouver...
O dia já lhes espera
Com ânsia de alento puro,
Sem medo do amanhecer.