Terra prometida

Lentamente gotas caem...

Caminho sibilino e incerto.

Chuva??? Mais sofrimento.

Corpos ocos vem e correm.

Ó lágrimas! Lágrimas solitárias!

Deserto do horizonte infinito.

Fuga! Triste e doído labirinto.

Jaz todas as nossas histórias!

Ó sal! Sal dos mórbidos!

Ó lágrimas bem salgadas!

Martírio! Lugar sem vidas!

Lábios há tempos selados.

Ó coração surrupiado e seco!

Que não temes mais a seca.

Da chuva não se escuta o eco.

Alimenta-se da busca pela terra: esperança.