A flor cor de rosa

Uma flor no meio da calçada

Tão delicada que poderia ser levada pelo vento

Nasceu ali mesmo, do nada

De uma rachadura que se abriu no cimento

Flor raquítica de talo fino

Que temia ser pisada

Qual seria o seu destino?

Foi nascer justo no meio da calçada!

Os humanos trafegavam perto dela

Rostos sérios ou risonhos e nem olhavam para ela

De repente a flor rosa ficou amarela de medo

Pois quase foi pisoteada,

a coitada não queria morrer tão cedo!

Ah sorte dela foi o olhar sensível de uma criança

Que a viu de longe e a levou dali

e a plantou num vaso de esperança

Então a flor rosa se desenvolveu muito frondosa

Mostrava toda a sua beleza e estava orgulhosa!

Ela parecia dizer a todo mundo:

-Olha estou aqui,

eu sobrevivi por causa do amor de uma criança!

E dizia aos quatros ventos,

” que quem espera sempre alcança”!

Queria dizer a todos que estava feliz da vida!

E que nós temos que ter fé, mesmo sendo rosa,

cravo, crisântemo ou margarida!

No jardim imenso que é a vida, nós somos como as flores

Que nascem das sementes e são de todas as cores

Que sobrevivem em meio a uma tempestade de verão

Pois quem luta e se agarra no ultimo fio,

sempre encontra uma solução!

Se você for uma pessoa que se sente abandonada

e só encontra obstáculos na sua estrada,

faça como a flor que não se entregou!

Desviou, desviou ...

E mesmo com a tristeza de ter nascido no meio do cimento

Sofreu, lutou, venceu

e para as outras flores se tornou um exemplo!

Hoje a flor rosa está sorrindo e já sofreu até demais

E vive num vaso de esperança, numa vida de paz

Ela está radiante e se sente revigorada

Porque mostrou o quanto é resistente,

sobreviveu as agruras de uma calçada!

Janete Sales Dany
Enviado por Janete Sales Dany em 03/07/2012
Código do texto: T3758927
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