Oh, Lua!

Quão sublime é te contemplar

E saber que ainda há esperança.

Tu não sabes, Lua...

Mas teu fenômeno misterioso

É uma metáfora que me guia.

Olho-te em uma de tuas fases:

Estás cheia! Bela e sorridente.

Então me alegro deveras

Com teu brilho que ilumina

Qualquer noite deserta em trevas

Mas, uma noite vais embora

Para dar licença à uma outra fase

Que, de tão efêmera...

Tão fina, te fazes quase invisível

Na imensidão que te abriga...

E assim, Lua,

Nesta brincadeira de transformação,

Vais mostrando ao mundo

Que sua força e beleza

São maiores do que o seu tamanho real.

E ainda em uma noite, quando

Por algum motivo não podes comparecer,

Majestosamente comparecem suas discípulas

Para nos mostrar que tu, teu brilho

Nunca desaparece.

Oh, Lua!

Tu és metáfora...

Sábios e felizes serão todos aqueles que

Ao te encontrarem, consigam dar vida e sentido

Aos teus atos.

Renata Lopes
Enviado por Renata Lopes em 11/02/2007
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