Oh, Lua!
Quão sublime é te contemplar
E saber que ainda há esperança.
Tu não sabes, Lua...
Mas teu fenômeno misterioso
É uma metáfora que me guia.
Olho-te em uma de tuas fases:
Estás cheia! Bela e sorridente.
Então me alegro deveras
Com teu brilho que ilumina
Qualquer noite deserta em trevas
Mas, uma noite vais embora
Para dar licença à uma outra fase
Que, de tão efêmera...
Tão fina, te fazes quase invisível
Na imensidão que te abriga...
E assim, Lua,
Nesta brincadeira de transformação,
Vais mostrando ao mundo
Que sua força e beleza
São maiores do que o seu tamanho real.
E ainda em uma noite, quando
Por algum motivo não podes comparecer,
Majestosamente comparecem suas discípulas
Para nos mostrar que tu, teu brilho
Nunca desaparece.
Oh, Lua!
Tu és metáfora...
Sábios e felizes serão todos aqueles que
Ao te encontrarem, consigam dar vida e sentido
Aos teus atos.