Mesmo Assim... Sonharei

Vem-me ilusões aflitas, de dias intempestivos

Competitivos, de dias manifestos,

Infundido ao caos, ao temporal e ao relativo.

Recordo-me menina,

De olhar cabisbaixo, tímida,

Todavia, com sonhos inquietos,

Destemidos e imponentes.

Penso hoje,

E sei que sou o inverso do que sempre sonhei,

Como a morte de uma esperança.

Mas talvez, num olhar repentino, tudo aconteça,

Contudo, jamais com ilusões da infância,

Porém com sonhos maduros,

E com uma metamorfose de satisfação.

Mesmo que ainda sim, haja uma menina,

Inflamada pela esperança,

De quem imagina, e ainda espera acontecer,

E sempre surpreender.

Em nuances de pensamentos,

Aprendo a viver,

E a compreender, que nos desvarios da vida,

É que surpreendemos,

E tornamo-nos infinitos modeladores de nossa história,

Seja no caos, e no descaso de uma nova descoberta.

Mudamos, nos encontramos...

Ainda que não sejamos o que sonhamos

Assim como no derradeiro surgimento de nossas ideias.

Vem-me ilusões, equívocos,

Desequilíbrios, de uma vida, de uma descoberta,

Que já não sou menina,

Porém sonho, e iludo-me mais uma vez,

para que assim não fique as sombras das insatisfações,

Mas a luz de quem sempre sonhará.