Pequena gota d’água
sou parte de um rio a fluir.
Ínfima porção num bailado surreal
avanço sem garantias
sem lutar contra a correnteza
Comigo levo alguns sentimentos
outros presos nas margens, deixo
por entre leitos pedregosos, escorro
atrás de mim, velhos modos de ser.
Novas percepções...
esperanças não mais sonhadas
nada mais escondido ou negado
me deixo levar pela vida
sem tudo compreender, quase nada controlar.
Rumo ao desconhecido
em busca da deliciosa brisa da bem-aventurança.
Quando chegarei ao mar?
Não sei. Não importa.
Ir indo, preciso...
Se parar de fluir, morrerei..