À uma poetisa...

Ouço o teu silêncio espesso

onde encontro a minha alma do avesso,

mas não,

sei que não o conheço.

Teu lirismo me inebria,

tua magia

teus versos sobre essas chamas,

que vencem a morte,

tempestuosas na cama,

cuja aurora vertical

é a nossa sorte,

expurgando as sombras de um mal,

ao qual,

se sucede um outro dia,

para a nossa agonia,ou alegria.

De todo o modo,o teu canto,

empresta luzes e cores,

mesmo ao desencanto.

Tecendo a primavera com esses dissabores.

Para que os frutos do outono

sejam os nossos professores.

BARTHES
Enviado por BARTHES em 19/08/2012
Código do texto: T3837733
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