À uma poetisa...
Ouço o teu silêncio espesso
onde encontro a minha alma do avesso,
mas não,
sei que não o conheço.
Teu lirismo me inebria,
tua magia
teus versos sobre essas chamas,
que vencem a morte,
tempestuosas na cama,
cuja aurora vertical
é a nossa sorte,
expurgando as sombras de um mal,
ao qual,
se sucede um outro dia,
para a nossa agonia,ou alegria.
De todo o modo,o teu canto,
empresta luzes e cores,
mesmo ao desencanto.
Tecendo a primavera com esses dissabores.
Para que os frutos do outono
sejam os nossos professores.