Pessoa Inteira

Juntei meus pedaços

Catei minhas tralhas

Desfiz enfim, o laço

Cansada de tantas batalhas...

Guardei o pouco que de mim sobrou

Numa gaveta da alma.

Na verdade, pra guardar, muito pouco restou

Fiquei apenas com a sobra de uma migalha despedaçada...

Caminhei sem olhar para trás.

Quando é preciso fechar uma porta, é assim que se faz!

Prossegui fechando portas que levavam a lugar nenhum.

Cada passo era o futuro: agora eu tinha um!

Conquistei minha própria alforria

Dia após dia, vislumbrando uma vida;

E o capitão do mato jamais me alcançaria:

Era espírito liberto, com passagem só de ida!

Ah! Quão doce é o sabor da liberdade!

E que venha o amanhã, que venha a sorte, que me venha a própria morte!

Sem você sou forte: pessoa inteira e não pela metade!

(Andreia Jacomelli)

Andreia Jacomelli
Enviado por Andreia Jacomelli em 14/10/2012
Código do texto: T3932044
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