O barquinho

Ondas furiosas

Balançam o barquinho

Que navega no perigo

Pra chegar à terra firme

O dia já se foi

A noite confronta as idéias

Até então iluminadas

Por raios de sol ardentes.

O barquinho navega

Porque há mais medo

De sufocar na fúria das águas

Do que velejar contra elas.

Persistente na tempestade

Mas cego pela sombra bravia

Que oculta à realidade

Ainda não avistada.

O que guardam as águas

É mais que simples ondas

É solidão, perigo e morte

E demais situações sem nome

Mas susto e esperança

Movem em turbilhão

Grande como universo

Reduzido no barquinho

No fim da madrugada

Escoltada pelo raio de sol

Reluzente a esperança

Na terra firme avistada...

Jacqueline Campos Rojas
Enviado por Jacqueline Campos Rojas em 15/10/2012
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