Nada como um dia após o outro

Quem nunca teve

O dia da maior tristeza

Quando viu o que não queria

E o sangue queimou-lhe as veias

Sufocando-lhe os sentidos

Em profunda desilusão...?

Quem nunca sentiu

A estranha sensação da perda

A triste morte dos sonhos

Quando a visão desnorteou a utopia

Mandando pisar firme no chão

Os pés que andavam na lua?

Aos que por isso passaram

Ou que ainda passarão

Que não fiquem perdidos

Sôfregos, desencantados!

Que a vida passa, o tempo passa,

O infortúnio, um dia, passa...

O sofrimento abranda

O coração amolda

A tristeza demora, mas se esvai.

Fica, com certeza, a saudade

Daquilo que não se teve por inteiro

E retoma-se, mais forte, à realidade...

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 03/11/2012
Código do texto: T3966687
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