broa de milho

a chuva caía na folha de zinco

o gado pastava despreocupado

o frio doía a mão do soldado

mulher preparava o jantar com afinco

foguetes e minas que iam explodindo

soldados matando e morrendo também

no pasto a essa hora não havia ninguém

só o gado comendo e as estrelas sorrindo

mas se de um lado a luta não finda

no campo se ouve o machado na lenha

um som que embala a broa de milho

se a vida não é tudo o que ser quer ainda

que ela se mostre ainda que prenha

pra que a gente enxergue onde está o seu brilho

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 07/11/2012
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