O que importa...
Que gosto não sei de onde,
futuro talvez?...
Que vontade de entrar
e tirar uma a uma
as avencas encravadas
nas fendas do meu olhar...
que me turvam a visão.
Distante mora meu sonho.
Sentado em seu trono,
a esperar...
Diria que cansado.
Ou vacilante.
Porém ele espera.
E o tempo é o senhor da razão.
Manda que eu aguarde.
Sem imediatismo...
E sonho e sonhadora se sentam,
lado a lado.