O CÁLICE DA MORTE

Não espero a morte,

A morte é sopro frio,

E a minha esperança é sol ardente...

Não temo a morte,

Temo a vida apática,

A distância sem saudade,

O amor sem promessa,

O romantismo sem flor,

A vida sem poesia...

Temo o sonho fanado,

A chuva de paixão que não desceu,

O vulcão de ternura que não irrompeu,

A beleza sem expressão,

A lágrima sem despedida,

A palavra sem intenção,

A poesia sem vida...

Minha boca há de secar no deserto,

Mas não provarei do cálice da morte!

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 13/02/2013
Reeditado em 03/04/2013
Código do texto: T4137270
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