A ESPERANÇA

Choro todos os dias
quando a vejo morrer
Morro um pouquinho também
Sinto o peito vazio, apertado
Preferia vê-la crescer

Querer, nem sempre é poder
A queria viva no campo,
na cidade, nos lares
nas esquinas
e nos bares

Queria a paz entre os homens
O brilho no futuro da criança
poder acreditar no amanhã
ver a luz no fim do túnel
igual as que se vê nos trens

Quem sabe um dia destes
como um milagre do céu
vejo a esperança brotar
mas, para que isso aconteça
é preciso o chão preparar

Jogue fora a terra morta
é preciso adubar
regar todos os dias
com uma mistura de amor
para as pragas acabar

Um coberto transparente e branco
para que o sol possa entrar
e com seus raios amarelos
possa a esperança alimentar
Que nasça forte, sem atravanco!

E assim...
vamos todos renascer
voltar a sorrir e amar
não haverá mais Joãos nem Hélios
Só assim o amor poderá crescer.

01/04/07