O Amanhã
O mundo tornou-se rival
Fabrica seres sem valor, opaco
Meros grãos que não frutificam
Noites sem fim todas iguais
As estrelas soluçam por outra
constelação
Tanta solidão ocultando amor
E o mar a esperar uma mão pra
lavar
Mas tudo está, ou parece longe
Um canto, um manto e o que se
acredita?
No que se quer? Num flash?
Mas, não! Mancham o horizonte
Traição em dupla dose e nem um
perdão...
Não há um êxtase de alegria
O amanhã, dependência, vício
De vitórias desonesta,
De indiferença causando mágoa e
dor.
A cortesia, apreço na areia
movediça
Mas a questão é querer desejar
Decidir, viver não só por si
Enfim, encontrar saída, nos
envolver.