Nação: Ser Humano
Deus me perdoe pelo que vou dizer
Mas não me sinto digno de aqui nascer
Olho ao redor e enxergo apenas as beiradas
As margens de uma sociedade vil e crua
Sem amor e esperança
Sem graça
Sem nada, embarco num sono profundo
Onde meu próximo passo será acordar neste triste mundo
Ingressar em uma rotina metódica
Onde ninguém descansa
Onde o relógio não para
E o homem se torna escravo da própria raça
Lágrimas jorram dos olhos dos fracos
Mas ainda haverá alternativa para tanto fracasso?
A realidade é a verdadeira prova
Onde o capital rege o âmago humano
E o altruísmo é esquecido em meio ao pranto
Para se ter uma verdadeira nação é preciso amar
Acreditar que ainda se tem jeito
Porque só assim as lágrimas se transformarão em sangue
O sangue que percorrerá as veias deste coração que pulsa
Na esperança da construção de uma realidade menos dura
Onde o amor floresça
E do ventre nasça e cresça
A essência do que realmente é: ser Humano