Janela do meu barraco

"Na noite silenciosa do meu sono

Me encontro inconscientemente

Perdido em sonhos.

De repente, no silêncio do meu bairro,

Que é próximo do seu, vem invadindo

Lentamente feito serpente sem medo

Os primeiros raios do sol da manhã.

E são esses mesmos raios que penetram

Pelo o vidro quebrado da janela do meu barraco

Me despertando para um novo amanhecer.

Agora, mais desperto e ciente da vida

Me demoro entre o colchão e o lençol.

De súbito, não menos quanto o astro rei,

Você me invade, como um abraço por dentro.

É como se em mim ouvesse noite e dia.

A noite em mim é tudo vazio

E escuro, enquanto o dia é tudo

Cheio e claro, pois é você que amanhece meu ser.

Lá fora é o sol...

Aqui dentro é você."

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 11/04/2007
Reeditado em 30/11/2007
Código do texto: T445901