PRIMAVERSAR

PRIMAVERSAR

O caderno fechado

A caneta sobre a capa

Nada a declarar

Um momento fadado

A procurar um mapa

E deixar-se viajar

Viajar pelos vales e cumes

Do pensamento extrair lumes

Que saiam da quimera

E entrem na primavera

Com a certeza de flores

Com o frisson de amores

Fluindo ao escrever

Não se deixando fenecer

A alma em essência

O corpo em ausência

A mão versejando maduro

Do olhar no futuro

Que venham os versos

Que venham as rimas

Um olhar multiverso

Mudando climas

Que assim seja

E assim será

Sem cabeça na bandeja

Na vida rimará

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 07/10/2013
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