Ainda que eu falte.

No cunho da minha estrada

fui perdendo a solidez,

era um homem

perfeitamente robusto.

Nasci para a vida,

tive essa consciência ainda criança.

A criança que existia em mim

rapidamente desapareceu,

quando descobri

ainda na minha adolescência,

que infelizmente a sorte

faria parte do meu viver.

Hoje homem formado na vida,

pouco estudo decidido sem querer,

furtei-me a razão da emoção.

Em frente ao espelho

me procuro na vida,

encontro uma simples silhueta

galgada na poesia.

Sinto que o tempo surrou os homens,

que não tiveram tanta sorte assim.

Não sei como acontece,

mas a poesia me aquece

e traz para dentro de mim

um homem poeta.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 20/04/2007
Reeditado em 14/05/2021
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